2.19.2013

3 em 1 - #4

Olá, lol, cisdê. Está é a quarta edição do três em um, daí estar ali o #4. Mas ya, sejam felizes. Vai falar-se de Tricky, B Fachada e Pure X.

Tricky - Angels With Dirty Faces (1998)

 
Só para aguçar o apetite para esta crítica, começo por dizer que este é o meu álbum de trip-hop favorito. Neste disco, Tricky mostra porque é que é o patrão deste género, com uma sonoridade que, mais do que noctura, é do mais negra e escura que podem imaginar. Uma ambiência enorme traçada por sons muito característicos e cheios de personalidade que acabam por se entranhar com o passar das audições, tornando-se familiares e cheios de graça. As batidas são igualmente peculiares e encaixam na perfeição com o resto, muitas vezes tornando-se o ponto fulcral das faixas tal é a sua personalidade. O experimentalismo sempre presente faz deste álbum um pouco estranho, mas cheio de qualidade e com replay value para dar e vender. Nota final: 8.6/10




B Fachada - O Fim (2012)


O álbum que sela uma série de discos deste grande músico português que, infelizmente, tira agora uma sabática neste 2013. Sem lançamentos, mas espero que com produção, para o bem da música portuguesa. Só elogios se podem dar depois de um "mini-álbum" destes, em que se vai do minimalismo folk melódico super aconchegante até às guitarradas com tons em português muito distintos desta viola braguesa, e que nos fazem balançar bastante. Ainda assim, consegue nunca fugir muito ao espírito do registo, provando que uma das qualidades de B Fachada é, como já todos sabem, a versatilidade. Uma versatilidade que se comprova ouvindo, e uma consistência que se pode comprovar da mesma maneira. Ainda precisa de comer algumas peças de fruta para se tornar "o Frank Zappa português", mas anda perto de ser o melhor a fazer música em português na actualidade. Nota final: 8.1/10 (Podem ler a crítica do gostoso do Emanuel Graça ao O Fim aqui)




Pure X - Pleasure (2011)


São das poucas bandas de chillwave que ficaram na memória (sdds chillwave todos os dias no verão 2010, p'raí), mas nota-se facilmente a razão para isso ter acontecido. Basta ouvir este disco dos Pure X e reparar que eles têm algo de novo para mostrar. Não são apenas mais uns apanhados no chuveirinho de bandas todas iguais que repetem a mesma fórmula e sonoridade (sdds post-rock... ou não) nem pecam por terem músicas desinspiradas. São o contrário, são inspiradíssimos e vale bastante a pena ouvir esta espécie de chillwave minimalista, cheio de ambiências fofas e músicas pop cantadas da melhor maneira. Tipo uns the xx felizes e todos cegos. Uma espécie de The Radio Dept. minimalistas e drone-y. Na verdade, eles nem são considerados do chillwave, mas a sua abordagem matinal e as semelhanças sonoras com o género fazem-me inclui-los nesse tópico de caras.Nota Final: 7.5/10

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