2.07.2014

LISTAS DE 2013 (MELHORES ÁLBUNS INTERNACIONAIS, NACIONAIS E CANÇÕES DO ANO)

OS 15 MELHORES ÁLBUNS INTERNACIONAIS DE 2013


     1.       JAMES BLAKE, Overgrown (Atlas Records)


James Blake é o detentor do título “álbum de 2013”. Tem sido incrível acompanhar a ascensão deste rapaz, que culmina, para já, na sua obra-prima. E custa-me mesmo acreditar que vá, e não consigo mesmo imaginá-lo a, superar este Overgrown. Conheci-o na altura do seu primeiro álbum com o overplay na rádio da um pouco irritante e aborrecida “Limit to Your Love”, e um tempo depois fui ouvir os EP’s que ele tinha lançado. Há vida alienígena em Klavierwerke, um lançamento absolutamente incrível. E o que dizer da “CYMK”? Uma música house (future garage) que teve direito a cover de uma banda de jazz. Um pequeno génio estava em ascensão e maximiza o seu potencial e consegue unir tudo o que de bom e variado tem o seu percurso musical: desde a delicadeza de “Tell Her Safe até à produção fantástica,  épica e monstruosa no build up e drop da “I Never Learnt to Share”, passando ainda pela máquina de dança futurística chamada “CYMK” e, ainda, pela bela da intimidade que demonstra na “Lindesfarne II” ou na “Wilhelm Scream”. Em Overgrown, James Blake consegue juntar tudo isto da forma mais coesa e – nem devia ser preciso dizer este adjectivo - original que poderão imaginar. É uma autêntica bomba, perfeito do início ao fim. I am sold. LMV
    
      2.       KANYE WEST, Yeezus (Def Jam Records)

E o que dizer do álbum de hip hop mais forward thinking, inovador, diferente, viciante e assombroso que saiu este ano? Uma autêntica surpresa que me fez passar a adorarKanye West de um dia para o outro, metendo-me a fazer repeat durante dias com este disco quase perfeito, com o ambiente mais incrível e produção estupidamente abrasiva. Totalmente inesperado vindo de um dos nomes mais conhecidos da música actual. Há certos nomes que mesmo os vossos pais e tios conhecem, diga-se U2, Coldplay, Muse,Justin Bieber... Kanye West. E é este último o único que tem coragem de lançar um álbum assim, um potencial falhanço comercial, um atentado a tudo o que a rádio gosta de passar. Isto do alto da sua fama e irreverência, para todos os seus fãs old-school de hip-hop que acham que ele agora é uma merda, e também para todos aqueles que o achavam uma merda e que agora percebem que é um dos maiores artistas da actualidade. Tipo eu. Mentalizem-se: ele é arrogante e egocêntrico porque pode e merece. Ou deveria ter escrito Ele? LMV
     
      3.       DEATH GRIPS, Government Plates (Third Worlds) 


A qualidade das métricas asseguram que o flow de MC Ride é, absolutamente, vertiginoso e medonho e que é, sobretudo, no espectro social e político da sociedade que mais existe inspiração para a escrita das sus canções. As batidas de Zach Hill explicam o porquê de ser um dos melhores bateristas de sempre da noise rock/math rock, onde figurou em nomes como Hella. Quanto a Flatlander, o responsável pelos teclados e sintetizadores, o triunfo de Government Plates é sobretudo o seu triunfo: nota-se que a sua importância na génese musical foi maior do que na primeira mixtape do trio, do que em The Money Store ou que em No Love Deep Web – trabalho da banda em que esta seguiu mais a sua linhagem. No fim de contas, o que aqui existe é uma obra-prima como já não tínhamos há algum tempo. Government Plates é um álbum perfeito. EG

     4.      FOREST SWORDS, Engravings (Tri Angle Records)

Diz-se que a recente passagem de Forrest Swords, aka Mathew Barnes, por terras do Minho, no âmbito da edição deste ano do festival Semibreve, foi curta: entende-se, quarenta minutos de concerto quando se trata do nome que, muito possivelmente, atraiu e captou mais a atenção dos melómanos que por lá passaram sabem sempre a pouco por muito que o factor qualidade lá esteja. Engravings, disco que Forest Swords editou já este ano, pode ser visto como, e em jeito de analogia à sua passagem por Braga, uma demonstração de que não é preciso abusar do factor tempo para que se consiga ter uma viagem profunda e extensa pelos mundos electrónicos que mais se esquivam do conceito de música electrónica; poderá soar paradoxal, é-o na verdade: mesclar uma porrada de snares e claps com trabalhos e ambiências de guitarras ou de batidas mais tradicionais é como estabelecer uma ponte para os caminhos electrónicos e depois desfazê-la. Conclusão: fica-se no meio termo, ainda bem; de uma dezena de canções, todas elas de qualidade admirável, se faz um álbum tremendo e se dá a prova que para chegar longe não é preciso muito – basta só que nos deixemos levar por esta brisa que passa por nós que é Engravings. EG

          5.       THE HAXAN CLOAK, Excavation (Tri Angle Recors)

E por falar em Semibreve, Excavation ganhou uma dimensão enorme depois de o ver tocado ao vivo nesse mesmo evento. Uma experiência que nunca irei esquecer. Um disco que se entranha imenso com o passar das audições, com uma sonoridade fenomenal, um ambiente indescritivelmente depressivo, igual a absolutamente nada que tenha sido feito até hoje. LMV 

     6.      BOARDS OF CANADA, Tomorrow’s Harvest (Warp)

Existe por aí uma quantidade imensurável de música sintética concebida com um único propósito: o de nos fazer dançar. No caso dos escoceses isso também é aplicável, porém apenas se se atentar que a dupla não direcciona a sua música a nós enquanto seres físicos. Quem dança não somos nós, são os nossos sentidos comandados pelas sensações que se despertam no nosso cérebro, enquanto o desencanto pelas melodias nos é dissertado pelos Boards Of Canada. Não gingamos em malhos como Nothing Is Real, Sick Times, Come To Dust ou Reach For Dead, mantemo-nos estáticos tal como a essência dos irmãos pede, mas é inegável dizer-se esse sentimento de indiferença nos passa simultaneamente pela cabeça: é aí que os escoceses são gigantes. EG

     7.       JON HOPKINS, Immunity (Domino Records)

Immunity é, traduzindo para a nossa língua mãe, imunidade. Será paradoxal um álbum com níveis hipnóticos tão altos como este, uma obra-prima absolutamente divinal, ter este nome. É impossível, para qualquer ser humano que tenha os ouvidos sãos, sair daqui imune a toda a experiência sónica que aqui podemos viver. Não dá, simplesmente. Cabe a cada um de nós vivê-la. Vivam-na, desfrutem-na, celebrem-na, mas fiquem com certeza que é uma das vivências mais únicas e idiossincráticas dos últimos tempos da Intelligence Dance Music. EG

      8.       DJ RASHAD, Double Cup (Hyperdub)


DJ Rashad é um dos verdadeiros criadores, a par com o DJ Spinn, deste género que se está a tornar o dubstep de 2013 no que toca à difusão e hype mundial que o estilo tem tido. Estava com um bocado de receio de ouvir este disco, porque um álbum inteiro em que os BPM’s rondam o 170 não me soava uma boa ideia. Mas boa review atrás de boa review, lá tive que ouvir, e como estava eu enganado. Este disco tem malho após malho e não pára, rebenta com tudo, literalmente. E que surpresa, ao contrário das músicas que conhecia deste senhor, isto não é aquele footwork/juke puro, mas sim uma magnífica fusão de géneros e consegue ser um passo gigante à frente daquilo que se faz no mundo da electrónica actualmente. LMV
     
      9.       YOUTH LAGOON, Woundrous Bughouse (Fat Possum Records)


Existem momentos, e não nos deixemos enganar: é nos momentos que Wondrous Bughouse mais se revela avassalador e belo. É na segunda faixa do registo, e ao instante 2:57, que tudo começa. O ruído nasce. É aí, claramente, que Youth Lagoon mais se esquiva da maneira como ladeou o seu disco de estreia. Não existe uma simples maturação, existe, sobretudo, uma modificação. O cantar dos passarinhos quando batem as sete da manhã passa ao lado, o berço foi abandonado; as paisagens que inspiraram e criaram Wondrous Bughouse são distintas, menos aconchegantes e mais dinâmicas. Agora já não sete da manhã e já não se está na cama a ouvir os passarinhos, agora são sete da tarde. E os passarinhos abandonaram a cidade. EG
     
      10.   CHELSEA WOLFE, Pain is Beauty (Sargent House)

Pain is Beauty da Chelsea Wolfe torna as coisas altamente deprimentes, mais uma vez, mas aqui um pouco menos do que fez em Apokalypsis. A voz dela é doce e etérea, e os instrumentais conseguem ser o oposto: notam-se melodias amarguradas, graves e batidas hipnóticas que se fundem da melhor maneira... e por muito antagónicos que sejam os componentes voz / instrumental, os dois acabam por ser como almas gémeas, casando-se e formando um só motivo, algo absolutamente único chamado Pain is Beauty. LMV

11. THESE NEW PURITANS , Field Of Reeds
12. BARDO POND, Peace On Venus
13. OISEUAUX-TEMPETE, S/T
14. FUCK BUTTONS, Slow Focus
15. OATHBREAKER, Eros | Anteros

OS 10 MELHORES REGISTOS NACIONAIS DE 2013

      1.       QUELLE DEAD GAZELLE, Quelle Dead Gazelle (Ed. Autor)

As viagens celestiais ficam prometidas em momentos como Afrobrita, Fillow Pight ou Lion Meets Gazelle (onde, de resto, a ajuda de Fábio Jevelim foi preciosa). E quando chegamos ao próprio universo dos Quelle Dead Gazelle (embora estes universos não sejam uma coisa totalmente nova), é que se dá o clic: abanamos a cabeça, gingamos (engraçada a vertente dançável q.b. das músicas da dupla) e gritamos, mesmo que a vertente lírica não exista na sua música. E sejamos sinceros: para quê acrescentar palavras àquilo que a guitarra e a bateria iam cilindrar? O barulho por si só diz(-nos) muita coisa, e no caso dos Quelle Dead Gazelle diz-nos demasiado; diz-nos que este é um dos projectos a que devemos estar mais atentos, diz-nos que estes dois senhores são mestres no que ao ruído diz respeito e diz-nos, não menos importante, que são do caralho. Habemus música, habemos banda, hamebus futuro. EG
      
      2.       ERMO, Vem Por Aqui (Ed. Autor)

A experiência de ouvir Ermo, quer no seu EP quer agora em Vem Por Aqui é abaladora, inquietante e, desculpem-me se me sirvo de hipérboles, quase única: não espanta, por isso, que no fim da viagem, no momento de atracar a caravela, desconheçamos as terras que se encontram; é um espaço novo, nunca antes, por nós, navegado, onde tudo o que lá existe e habita se resume àquilo que poucos esperariam encontrar. Sabemos apenas que é por lá, nos seus lugares mais sombrios, que os Ermo viram o seu sol, a iluminação paradoxal do seu estro, da sua essência: como sabe bem mirar um hipotético horizonte e encontrar caravelas, parte da história e glória nacional, a chegarem a novas terras em pleno século XXI, porém terras diferentes, mais tristes que outrora. Da glória dos nossos antepassados e da tristeza de Portugal versão 2013 se serve o triunfo dos Ermo. EG

      3.       LADY INFERNO, Grim Love (Ed. Autor)

Grim Love, o primeiro de dois EP's lançados este ano por Lady Inferno, um grande amigo meu que tenho o prazer de acompanhar musicalmente ao longo destes anos. E a evolução é notória, principalmente em termos da sonoridade que tem apresentado recentemente, apesar de gostar bem mais deste EP do que do que veio a seguir. Mas isso acontece porque este Grim Love é MESMO bom. A primeira música tem das melhores pulsações graves que já ouvi, e a última tem a melhor progressão de acordes e desenvolvimento. Lindíssima a Always See Everything, figuraria na boa num top de músicas do ano. LMV

4. MEMOIRS OF A SECRET EMPIRE, Memoirs of a Secret Empire EP
5. JEWELS, Só no fim
6. DREAMWEAPON, Dreamweapon EP
7. JOAQUIM BARATO, Caress Transgress
8. LINDA MARTINI, Turbo Lento
9. NOISERV, A.V.O.
10. TORTO, Torto Ep



AS 5  MELHORES CANÇÕES DE 2013 / EMANUEL GRAÇA

      1.       Jubilee Street, de Nick Cave & The Bad Seeds

Passaram-se quase dez meses da edição de Push The Sky Away. Pelo meio, houve um concerto incrível de Nick Cave & The Bad Seeds no Optimus Primavera Sound 2013, uma paixão que se teimou em apagar pela “Jubilee Street” e a desconfiança que esta canção é, na minha opinião, a melhor de todas as canções que Nick Cave alguma vez escreveu (e esse estatuto está longe der ser uma coisa fácil). Do primeiro verso, aquele que nos transporta para o local onde as coisas aconteceram («On Jubilee Street there was a girl named Bee»), ao derradeiro verso, uma passagem que ainda hoje não me sai dos ouvidos («Look at me now / I’m Flying») existe um contínuo crescimento da vertente instrumental até se dar a dita explosão: a partir daí a música ecoa-se nos nossos ouvidos, somos felizes a ouvir a tristeza de Nick Cave. Quem disse que na tristeza não existe felicidade?

     2.       Pangloss, de Ermo

Da glória dos nossos antepassados e da tristeza de Portugal versão de 2013 se serve o triunfo de Vem Por Aqui, disco de estreia dos bracarenses Ermo. “Pangloss”, canção maior do registo e aquele que melhor espelha o que nos traz o duo, é irreversivelmente o melhor momento musical que pudemos encontrar num disco português de 2013; de perfil intervencionista e a evocar a grandiosidade de “Vampiros”, de José Afonso, relatam-nos um Portugal que, desde então, se mudou: mudou-se filosófica e eticamente e deixou que se lhe mudassem as vontades e crenças. Por entre a fusão dos sintetizadores com os beats pujantes, nasce a obra que os portugueses necessitavam, mas que possivelmente não mereciam.  «Cala-te e come // Tu não tens fome. // És surdo e mudo // Orelhas de burro» são os quatro versos delineados, escolhidos a dedo, para desenlaçar Vem Por Aqui. Talvez não nos encontremos em tempos de não comer porque os outros comeram tudo e não nos deixaram nada, talvez agora a gente não coma porque não tem fome, porque somos uns burros e mesmo famintos mentimos a nós próprios dizendo que não temos fome. Afinal quem é que andamos a querer enganar? Está na hora de ver o nosso próprio sol porque Portugal está p’ra acabar e não podemos deixar o cabrão morrer.

      3.       Blood on the Leaves, de Kanye West

Kanye West diz-se Deus e há provas disso (afinal não é toda a gente que escreve canções com o título “I Am a God”). A arrogância de Kanye é, e toda a gente sabe disso, extrema, porém quem sampla Nina Simone para uma música de hip-hop absolutamente vertiginosa sem invocar o seu nome em vão só pode estar perto desse patamar: é, inquestionavelmente a melhor música de Yeezus, e até o trabalho dos TNGHT (banda de merda) está no limiar da perfeição. Além disso, “Blood on the Leaves” salva-nos do sacrifício que foi ouvir “Hold My Liquor” e traz-nos ainda mais fôlego do que o primeiro quarteto de canções do álbum, onde o trabalho dos Daft Punk está delicioso, contrariamente ao que fizeram no RAM. No fim, recordamos sempre a voz de Nina: «Strange Fruit hanging / from the popular trees / blood on the leaves».

     4.       Ela não disse, de Main Dish

Reavivar-se um movimento que nunca teve a admiração generalizada que merecia é, vinte anos depois, desafiante; Main Dish, que estará prestes a editar Oneiric, traz-nos da melhor maneira possível, e já desde a edição de Insight ou do próprio single Girls With Hats Are So Loevely, as lembranças de um Reino Unido embebido em criatividade, inovação e criação de obras pouco convencionais para a altura, que se intimidavam, de uma forma tímida, com o shoegaze e com a panóplia electrónica que ia surgindo na altura. “Ela não disse”, o melhor momento de Este Inverno, vive de tudo isso, mas também de uma peculiar distorção vocal, que acaba por funcionar como um falso instrumento de uma maneira absolutamente estrondosa enquanto a guitarra, bem sintonizada com nomes como Bark Psychosis, trata do resto. Por vezes, arriscar traz-nos vitórias: no caso de Main Dish, apenas se arrisca a ser quem é e isso só por si só acaba por ser a sua vitória.


     5.       Whatever I Want, de Death Grips

O que difere dos Death Grips do ano passado para os Death Grips deste ano? Acima de tudo, é que os “novos” Death Grips estão mais preocupados com a sua vertente electrónica do que seus ancestrais. Government Plates, o meu álbum de 2013, concilia de uma maneira perfeita o hip-hop ao noise e à música electrónica na sua generalidade: a priori, esta aliança seria difícil de passar do papel, mas a verdade é que esta foi feita de uma maneira assombrosa. “Whathever I Want (Fuck Who’s Watching)” é o maior paroxismo deste cruzamento inesperado de géneros e consegue ser uma espécie de compêndio de todo o registo: momentaneamente belo, mas sempre inóspito e cruel.

AS 5  MELHORES CANÇÕES DE 2013 / LUÍS MIGUEL VIEIRA
       
      1.        Bipp, de Sophie

A minha música do ano está escolhida já há muito tempo, provavelmente desde que a ouvi. Poucas são as músicas que chegaram a competir com ela em termos de pensar à frente, sendo, de longe, a música mais única e própria que ouvi este ano, e talvez seja essa a razão de ou ser adorada ou odiada. Uma música que traz o futuro da música de dança até nós na forma de nuvem cor de rosa feita de algodão doce, tão viciante como minimal, tocando apenas nos aspectos sinestésicos que interessam. Perfeita.

      2.        Blood On The Leaves, de Kanye West

Já muito falei sobre o último disco de Kanye West, e tinha mesmo de escolher esta como uma das músicas do ano. Incrível como traça gerações ao samplar um piano de Nina Simone por baixo do instrumental de trap dos TNGHT, e inacreditável a maneira como encaixam na perfeição. A letra também ajuda à festa, com uma performance vocal à Kanye West. Tudo no sítio, mesmo.
      
      3.       Come to Dust, de Boards of Canada

A música dos Boards of Canada tem um poder enorme de nos transportar para outro estado, aquele feel matinal e melancólico adorável, só conseguido através de todas as ideias texturais e ambientais que o duo nos foi habituando ao longo dos quase 30 anos de carreira. Esta música aparece numa fase em que já se torna incrível como as ideias deles não esgotam, e, além de não se esgotarem, ainda surgem neste formato de perfeição.
     
     4.        Into the Green Wild, de Julia Holter

A Julia impressiona neste último registo, mas este consegue superar tudo o resto e assume-se como o ponto mais alto, e um dos melhores do ano. Só me consigo recordar do groove incrível que o baixo desta música proporciona, e todos os elementos escolhidos a dedo nesta canção que encanta. Impossível estar quieto.

      5.       Eyesdontlie, de Machinedrum

Um dos maiorais do footwork, é um dos artistas de electrónica mais ecléticos que já vi, e prolíferos também. Passa do footwork ao future garage num ápice, e ainda cheira no house e no hip-hop, fazendo sempre álbuns diferentes entre cada género. Um exemplo disso é o Vapor City, uma evolução gigante desde Room(s) onde se assume claramente mais maduro e com músicas enormes como esta eyesdontlie e a Gunshotta. Obrigatório.

ESCOLHAS DE EMANUEL GRAÇA E DE LUÍS MIGUEL VIEIRA.

Sem comentários:

Enviar um comentário