Movietone –
The Blossom Filled Streets (2000)
Os Movietone são mais uma banda de post-rock dos
anos 90 que ninguém quis saber. Com uma estética bastante similar à dos Hood
mas num aspecto mais folk e ambiental, The Blossom Filled Streets é um álbum
muito intimista, introvertido e belíssimo, com uma sensibilidade invejável e
uma voz feminina que encanta. Talvez
alguma falta de consistência a nível de momentos altos os impeça de atingir uma
nota mais alta, mas o mood geral do disco é algo assinalavelmente bonito e é
essencial senti-lo para o apreciar. Um daqueles álbuns perfeitos para ouvir
quando se acorda cedo de mais.
8.0/10
Andy Stott -
Passed Me By (2011)
O que dizer de um dos artistas de música
electrónica mais inovadores e refrescantes que ouvi nos últimos tempos? Se isso
não chegar, posso dizer que o meu gosto pelo Andy Stott vai muito mais além do
que simplesmente isso. Este EP é simplesmente brilhante e perfeito, e se a
review anterior falava de um disco matinal e intimista, este Passed Me By chega
para rebentar com esta merda toda numa boa noite de insónia. É altamente
viciante e é impossível estar quieto a ouvir praticamente todas as músicas aqui
presentes. Ainda assim, consegue ser minimalista, ambiental e negro, sem que
nenhuma destas três características se evidencie propriamente nas músicas.
Obrigatório.
9.6/10
Kid Cudi – Indicud (2013)
Ainda hoje não consigo compreender a falta de
interesse geral por este senhor. Longe de ser perfeito, Indicud mostra uma
faceta diferente do Hip-Hop e, por muito inacreditável que pareça, está longe
de ser comercial. Talvez seja esse o problema: a maior parte das pessoas
associa o seu nome às colaborações com os Crookers e o David Guetta, mas
digo-vos que é dos álbuns mais arriscados, experimentais e diferentes que o hip-hop
me tem apresentado ultimamente. Barulhento, psicadélico e pop são os adjectivos
que me vêm à cabeça, como se d'"Os Klaxons do Hip-Hop" se tratasse. É
urgente e tem músicas que, caso fossem mais polidas para os ouvidos sensíveis
da rádio, iriam lá passar muito tempo. Ainda assim, tem alguns momentos maus e
é altamente inconsistente, demasiado grande para o tipo de som que apresenta,
mas, ainda assim, com uma percentagem de bons momentos muito assinalável e
bastante recompensadora. Não devia passar ao lado dos apreciadores do género.
7.6/10
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