11.04.2013

3 em 1 - #14


OLÁ, ESTE SOU EU NO MEU LOCAL DE TRABALHO


Gazelle Twin – Mammal (2013)


Gazelle Twin aka Elizabeth Walling é caso sério no panorama da música electrónica mundial; é fácil associá-la a resquícios góticos, sendo, por analogia, legítimo vê-la como, p.e., uma Chelsea Wolfe a virar-se da sua dark folk para a electronic music. Mammal, o mais recente registo, em formato EP, da produtora britânica trata apenas de a (re)afirmar com uma certeza maior para um futuro que, para ela, se prevê glorioso. A sua música continua a conservar a peculiaridade de The Entire City, o seu álbum de estreia, porém aqui é tratada ainda com mais minimalismo, subjectivismo e silêncio: e não fosse no corpo pouco incrassado das suas músicas que reside um dos grandes pontos fortes de Gazelle Twin. A juntar a três músicas novas, com maior destaque para “This is My Hand”, Mammal conta com quatro remixes, onde se podem encontra versões de Clint Mansell, Kuedo, Ranaissence e Alixander III. Pode não estar aqui o melhor dos registos, e é certo que mais de metade do que aqui existe é palha (remixes? Queremos é canções originais, por favor), mas Mammal assegura que Gazelle Twin tem alguma coisa para nos dizer futuramente. Resta-nos esperar.
Classificação final: 6.7/10


Mutual Benefit – Love’s Crashing Diamond (2013)

Love’s Crashing Diamond não pode ser outra coisa que não trinta e um minutos perdidos: disfarces da folk (muito aroma à freak folk de uns Animal Collective, versão ainda mais merdosa, ou de uns Grizzly Bear), como se fosse Halloween, que nos dão medo. Vozes quase tão choninhas e foleiras como a de Mikal Kronin ou “como copiar, mal, a voz dos gajos dos Grizzly Bear”. Violinos que nos dão vontade de dormir ou teclas sempre fora dos seus sítios. Nem me vou alongar mais: que seca do caralho.
Classificação final: 1.0/10



Uncle Acid & The Dead Beats – Mind Control (2013)

É comum ainda em 2013 vermos os nossos amigos todos fãs do rock’n’roll: sempre a ouvir, p.e., Guns N’ Roses (PIOR MELHOR BANDA DE SEMPRE) AC/DC (LOL), Led Zeppelin (FIXE), The Who (QUEM?) ou Black Sabath (\m/). É nestes últimos que reside, muito possivelmente, a maior influência dos Uncle Acid & The Dead Beats: em Mind Control, o novíssimo disco da banda, a essência permanece; riffs pesadões que estão sempre na ponte que separa o heavy metal do hard rock, batidas imaculadas em groove e vozes claramente influenciadas pelas bandas que ajudaram na cimentação do metal enquanto género musical. Podia estar aqui um disco de meados da década de setenta, os Uncle Acid & The Dead Beats podiam até nem ser do século XXI que nós não daríamos conta disso: porém, é sempre bom, em 2013, ver um disco que nos dá a certeza que se mostrarmos àqueles nossos amigos que teimam em ser retrógrados e a declarar o seu amor às bandas no primeiro parágrafo referidas que existem alternativas viáveis no presente e que estas são bem melhores do que algumas que eles escutam.
Classificação final: 7.7/10


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