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Gazelle Twin aka
Elizabeth Walling é caso sério no panorama da música electrónica mundial; é
fácil associá-la a resquícios góticos, sendo, por analogia, legítimo vê-la
como, p.e., uma Chelsea Wolfe a
virar-se da sua dark folk para a electronic music. Mammal, o mais recente registo, em formato EP, da produtora britânica
trata apenas de a (re)afirmar com uma certeza maior para um futuro que, para
ela, se prevê glorioso. A sua música continua a conservar a peculiaridade de The Entire City, o seu álbum de estreia,
porém aqui é tratada ainda com mais minimalismo, subjectivismo e silêncio: e
não fosse no corpo pouco incrassado das suas músicas que reside um dos grandes
pontos fortes de Gazelle Twin. A
juntar a três músicas novas, com maior destaque para “This is My Hand”, Mammal conta com quatro remixes, onde se
podem encontra versões de Clint Mansell, Kuedo, Ranaissence e Alixander III.
Pode não estar aqui o melhor dos registos, e é certo que mais de metade do que
aqui existe é palha (remixes? Queremos é canções originais, por favor), mas Mammal assegura que Gazelle Twin tem alguma coisa para nos dizer futuramente. Resta-nos
esperar.
Classificação final:
6.7/10
Love’s Crashing
Diamond não pode ser outra coisa que não trinta e um minutos perdidos:
disfarces da folk (muito aroma à freak folk de uns Animal Collective, versão ainda mais merdosa, ou de uns Grizzly Bear), como se fosse Halloween, que nos dão medo. Vozes quase
tão choninhas e foleiras como a de Mikal
Kronin ou “como copiar, mal, a voz dos gajos dos Grizzly Bear”. Violinos que nos dão vontade de dormir ou teclas
sempre fora dos seus sítios. Nem me vou alongar mais: que seca do caralho.
Classificação final:
1.0/10
É comum ainda em 2013 vermos os nossos amigos todos fãs do rock’n’roll: sempre a ouvir, p.e., Guns N’ Roses (PIOR MELHOR BANDA DE
SEMPRE) AC/DC (LOL), Led Zeppelin (FIXE), The Who (QUEM?) ou Black Sabath (\m/). É nestes últimos que reside, muito
possivelmente, a maior influência dos Uncle
Acid & The Dead Beats: em Mind
Control, o novíssimo disco da banda, a essência permanece; riffs pesadões que estão sempre na ponte
que separa o heavy metal do hard rock, batidas imaculadas em groove e vozes claramente influenciadas
pelas bandas que ajudaram na cimentação do metal
enquanto género musical. Podia estar aqui um disco de meados da década de
setenta, os Uncle Acid & The Dead
Beats podiam até nem ser do século XXI que nós não daríamos conta disso:
porém, é sempre bom, em 2013, ver um disco que nos dá a certeza que se
mostrarmos àqueles nossos amigos que teimam em ser retrógrados e a declarar o
seu amor às bandas no primeiro parágrafo referidas que existem alternativas
viáveis no presente e que estas são bem melhores do que algumas que eles
escutam.
Classificação final: 7.7/10
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